A aprendizagem
A aprendizagem é a alteração relativamente estável do comportamento ou do conhecimento, devida à experiência, ao treino ou ao estudo.
Os elementos caracterizadores da aprendizagem são:
- A alteração comportamental, pois só se pode falar de aprendizagem se o individuo adquiriu uma conduta que não possuía ou alterou uma já existente;
- As modificações apresentadas têm de apresentar caráter duradouro;
- A aprendizagem implica exercício, pois ninguém aprende sem experiência, prática, treino ou estudo.
Existem dois tipos de aprendizagem associativa: o condicionamento clássico e o condicionamento operante.
O condicionamento clássico foi investigado pelo russo Ivan Pavlov que, organizou um estudo bastante interessante acerca dos reflexos digestivos do cão. Com ele o investigador descobriu uma forma de aprendizagem presente nos seres humanos e noutros animais.
Pavlov percebeu que ao estudar a produção de saliva em cães expostos a diversos tipos de estímulos palatares, com o tempo a salivação passava a ocorrer diante de situações e estímulos que anteriormente não causavam tal comportamento (como por exemplo o som dos passos de seu assistente ou a apresentação da tigela de alimento). Curioso, realizou experimentos em situações controladas de laboratório e, com base nessas observações, teorizou e enunciou o mecanismo do condicionamento clássico.
A ideia básica do condicionamento clássico dita que algumas respostas comportamentais são reflexos incondicionados, ou seja, são inatas em vez de aprendidas, enquanto outras são reflexos condicionados, aprendidos através do emparelhamento com situações agradáveis ou eversivas simultâneas ou imediatamente posteriores. Através da repetição consistente desses emparelhamentos é possível criar ou remover respostas fisiológicas e psicológicas em seres humanos e animais, assim como acontecera na experiência.
O condicionamento operante foi, por sua vez, investigado pelo norte-americano Rufus Skinner. Este desenvolveu uma experiencia que o vai conduzir à descoberta do modo como tantas das nossas aprendizagens se processam e se mantêm.
Para controlar as variáveis da experiencia, o investigador criou um dispositivo experimental que tem o seu nome: a “caixa de Skinner”, que apresenta um dispositivo automático que liberta o alimento quando accionado. Inicialmente, o animal explorou o ambiente cheirando e deambulando no interior da gaiola. De seguida, e por acaso, o rato accionou a alavanca e recebeu uma porção de alimento. A partir de várias tentativas bem-sucedidas, o rato passou a premir a alavanca para receber o alimento. Esta experiência mostrou que o rato aprendeu a receber o alimento através do reforço positivo.
Depois disto, Skinner organizou outra experiência na qual colocou um rato numa caixa cujo chão produzia choques eléctricos que eram eliminados se uma alavanca fosse accionada. Então, o rato aprendeu que, para evitar a dor, deveria premir a alavanca.
Aprendizagem por observação e imitação
A aprendizagem por observação e imitação foi estudada por Albert Bandura. Este senhor ofereceu numa das suas experiências um boneco a uma criança, que não demonstrou nenhuma atitude violenta. Contudo, depois da criança assistir a um adulto a bater ao boneco imitou este comportamento.
Bandura confirmou que a experiência dos outros pode conduzir à aquisição de novos comportamentos.
Ainda assim, notou que algumas crianças não reproduziam o comportamento que observavam. Concluiu que não basta apenas observar e reter um comportamento para o imitar e que a fase de execução implica factores internos do próprio sujeito.
Pessoalmente não obtive muito interesse nesta matéria, tendo preferido antes a matéria anterior (relacionada com a memória e o esquecimento.