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Portefólio de Psicologia

Portefólio de Psicologia

A dissonância cognitiva

05.05.22

Não é novidade que as pessoas tendem a procurar uma coerência nas suas crenças e perceções. Então, o que acontece quando uma das nossas crenças entra em conflito com outra crença anteriormente detida?

O termo dissonância cognitiva é usado para descrever as sensações de desconforto que resultam de duas crenças contraditórias. Quando há uma discrepância entre as crenças e comportamentos, algo tem de mudar, a fim de eliminar ou reduzir a dissonância.

Por exemplo, vamos considerar uma situação em que um homem que valoriza a preservação do ambiente compra um carro novo, o carro dos seus sonhos, o qual gasta muita gasolina. Esta pessoa poderá:

  1. mudar as suas duas convicções
  2. alterar a perceção da importância de uma delas
  3. adicionar uma outra informação
  4. negar a relação entre as duas convicções/informações

Qualquer uma destas opções reduziria a dissonância cognitiva, atenuando os efeitos de ansiedade e inquietação. O exemplo mais comum de dissonância cognitiva é o do fumante que está a deixar de usar o tabaco, ao tentar pegar no cigarro ele costuma pensar: "´´É só mais um, não me pode fazer nada de mal", "Fumar não faz assim tão mal quanto isso", "Há quem fume e que morra aos 100 anos sem nunca ter tido algum caso de cancro de pulmão", "Eu faço tanto exercício que nem interessa que eu fume".

dissonancia cognitiva.png

 

Por que a dissonância cognitiva é importante?

A dissonância cognitiva desempenha um papel em muitos julgamentos de valor, decisões e avaliações. Tornar-se consciente de como as crenças conflitantes impactam o processo de tomada de decisão é uma ótima maneira de melhorar a sua capacidade de fazer escolhas mais rápidas e precisas.

 

Considerações finais

De todas as matérias dadas neste ano letivo, esta é de longe a minha favorita. É uma matéria extremamente recorrente e aplica-se facilmente nas nossas vidas e, apercebermo-nos de como isto acontece e porquê é extremamente extimulante

 

 

Atitudes e Comportamentos

02.05.22
atitude representa como uma pessoa pensa ou sente sobre alguém ou alguma coisa.
 
No outro extremo, o comportamento representa a reação de um indivíduo a uma determinada ação, pessoa ou ambiente.
 
Tem sido dito que "a atitude de uma pessoa afeta os pensamentos enquanto o seu comportamento afeta as ações". Então, no tópico de hoje, irei explorar algumas diferenças significativas entre atitude e comportamento.
 
Gráfico de Comparação

atitude.png

Principais diferenças entre atitudes e comportamentos

A diferença entre atitude e comportamento pode ser traçada claramente pelos seguintes motivos:

  1. Atitude é definida como a tendência mental de uma pessoa, que é responsável pela maneira como ele pensa ou sente por alguém ou algo. Comportamento implica as ações, movimentos, conduta ou funções ou um indivíduo ou grupo para outras pessoas.
  2. A atitude de uma pessoa é baseada principalmente nas experiências adquiridas por ele durante o curso de sua vida e observações. Por outro lado, o comportamento de uma pessoa depende da situação.
  3. Atitude é os pensamentos e sentimentos interiores de uma pessoa. Ao contrário do comportamento, expressa a atitude de uma pessoa.
  4. O modo de pensar ou sentir é refletido pela atitude de uma pessoa. Pelo contrário, a conduta de uma pessoa é refletida por seu comportamento.
  5. Atitude é definida pela maneira como percebemos as coisas, enquanto o comportamento é regido por normas sociais.
  6. A atitude é um traço humano, mas o comportamento é um atributo inato.
 

 

Processos de influência entre indivíduos

 
Normalização: 
 
O convívio entre as pessoas favorece um sistema de interações gerador de uniformidades, de atitudes e condutas. Nos grupos, existe a tendência para se instalar uniformismo em maneiras de pensar e agir. Norma social: escala de referência ou de avaliação que define uma margem de comportamentos, atitudes e opiniões, permitidos e condenáveis.
 
Conformismo:
 
Tendência das pessoas para ajustarem as suas atitudes e comportamentos às atitudes e comportamentos de outros elementos do grupo. Pode ser encarado de uma forma positiva se pensarmos na questão da intergração social.
 
 

Fatores de conformismo:

  • Auto-confiança; pessoas mais autoconfiantes são mais independentes do que as pessoas que têm a auto-estima baixa

 

  • Unanimidade do grupo; o conformismo é maior nos grupos em que há unanimidade

 

  • A natureza da resposta; o conformismo aumenta quando a resposta é dada publicamente

 

  • Importância do grupo; quanto mais atrativo o grupo for para a pessoa, maior é a probabilidade desta se conformar

 

  • Ambiguidade da situação; a pressão do grupo aumenta quando não temos a certeza do que é correto
 
As razões que levam as pessoas a conformar-se são as mesmas que as levam a fazer parte de grupos: a necessidade de ser aceite e de interagir com os outros.