A dissonância cognitiva
Não é novidade que as pessoas tendem a procurar uma coerência nas suas crenças e perceções. Então, o que acontece quando uma das nossas crenças entra em conflito com outra crença anteriormente detida?
O termo dissonância cognitiva é usado para descrever as sensações de desconforto que resultam de duas crenças contraditórias. Quando há uma discrepância entre as crenças e comportamentos, algo tem de mudar, a fim de eliminar ou reduzir a dissonância.
Por exemplo, vamos considerar uma situação em que um homem que valoriza a preservação do ambiente compra um carro novo, o carro dos seus sonhos, o qual gasta muita gasolina. Esta pessoa poderá:
- mudar as suas duas convicções
- alterar a perceção da importância de uma delas
- adicionar uma outra informação
- negar a relação entre as duas convicções/informações
Qualquer uma destas opções reduziria a dissonância cognitiva, atenuando os efeitos de ansiedade e inquietação. O exemplo mais comum de dissonância cognitiva é o do fumante que está a deixar de usar o tabaco, ao tentar pegar no cigarro ele costuma pensar: "´´É só mais um, não me pode fazer nada de mal", "Fumar não faz assim tão mal quanto isso", "Há quem fume e que morra aos 100 anos sem nunca ter tido algum caso de cancro de pulmão", "Eu faço tanto exercício que nem interessa que eu fume".
Por que a dissonância cognitiva é importante?
A dissonância cognitiva desempenha um papel em muitos julgamentos de valor, decisões e avaliações. Tornar-se consciente de como as crenças conflitantes impactam o processo de tomada de decisão é uma ótima maneira de melhorar a sua capacidade de fazer escolhas mais rápidas e precisas.
Considerações finais
De todas as matérias dadas neste ano letivo, esta é de longe a minha favorita. É uma matéria extremamente recorrente e aplica-se facilmente nas nossas vidas e, apercebermo-nos de como isto acontece e porquê é extremamente extimulante