Influências genéticas e ambientais no comportamento
Tanto a nossa genética como o meio em que vivemos influenciam o nosso comportamento.
Cada um de nós tem o seu próprio genótipo, sendo o conjunto de genes de um indivíduo que se encontra nos cromossomas e não se manifesta. Esta informação é expressa no fenótipo que corresponde às características observáveis do genótipo que resulta também com a participação do meio ambiente.
Existem dois tipos de características que se transmitem geneticamente dos pais para os filhos: comuns à espécie; próprias de cada um;
Hereditariedade individual: conjunto único de características herdadas por um indivíduo e que o distingue de todos os que integram a sua espécie.
Hereditariedade específica: transmissão à geração seguinte das características comuns aos indivíduos de uma espécie que os diferenciam de todas as outras;
O meio ambiente é fundamental para o desenvolvimento das características que nos irão tornar únicos.
A partir de estudos sobre gémeos, por exemplo, podemos observar esse desenvolvimento das características em meios diferentes.
Apesar de compartilharem exatamente o mesmo DNA, os gêmeos idênticos podem apresentar personalidades completamente diferentes mesmo quando criados na mesma família.
Uma pesquisa desenvolvida na Universidade Técnica de Dresden, na Alemanha, por exemplo, concluiu que mesmo que gêmeos tenham o mesmo DNA, as experiências que eles acumulam durante a vida ajudam a formar a personalidade. E quanto mais velhos, mais diferentes.
Estes cientistas analisaram ratos geneticamente idênticos, inseridos num mesmo ambiente, para chegar a tal conclusão. Colocaram os animais numa gaiola cheia de brinquedos e observaram o comportamento de cada um deles.
Como havia muitas possibilidades de interação com os objetos dentro da gaiola, cada rato explorou o ambiente de uma maneira diferente, acumulando experiências distintas. Durante os três meses de experiência os animais foram se diferenciando cada vez mais.
Numa próxima etapa, os cientistas analisaram o cérebro dos animais e perceberam que os ratinhos que exploraram mais a gaiola tinham um número maior de novos neurônios. E essa mudança no cérebro deixa indivíduos geneticamente idênticos ainda mais diferentes, promovendo a individualidade.
Concluindo, não são os genes que formam a nossa personalidade e a nossa forma comportamental, mas sim o meio ambiente onde nos inserimos.